Escrevo seu nome no verso da folha, uma lágrima traiçoeira cai dos meus olhos, fazendo uma marquinha na última letra.Viro a folha e começo a escrever. Lembro do tempo em que passava horas escrevendo cartas de amor, para que você pudesse lê-las, sabendo que alguém, nesse mundo, te ama com a maior força do mundo, te ama sobre qualquer coisa, te ama como pode amar, te ama com amor. Termino a carta, assinando meu nome no final. Dobro a carta ao meio, colocando a data atrás da folha, do lado do teu nome.Porém, essa não é uma carta que vou te entregar, essa é a carta que eu vou queimar, e queimar todas as lembranças que me traz você também. Com um fósforo aceso na mão, seguro a ponta da folha, onde seu nome está escrito. E a outra eu encosto no fogo. Ela começa a dilacerar o papel, queimando, por último, seu nome. Junto ao meu.
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